Döll / Hundt / Reimann | Pluricentrismo e heterogeneidade | E-Book | sack.de
E-Book

E-Book, Portuguese, Band 20, 470 Seiten

Reihe: Romanistische Fremdsprachenforschung und Unterrichtsentwicklung

Döll / Hundt / Reimann Pluricentrismo e heterogeneidade

O Ensino do Português como Língua de Herança, Língua de Contato e Língua Estrangeira
1. Auflage 2022
ISBN: 978-3-8233-0291-9
Verlag: Narr Francke Attempto Verlag
Format: EPUB
Kopierschutz: 6 - ePub Watermark

O Ensino do Português como Língua de Herança, Língua de Contato e Língua Estrangeira

E-Book, Portuguese, Band 20, 470 Seiten

Reihe: Romanistische Fremdsprachenforschung und Unterrichtsentwicklung

ISBN: 978-3-8233-0291-9
Verlag: Narr Francke Attempto Verlag
Format: EPUB
Kopierschutz: 6 - ePub Watermark



Die Aneignung des Portugiesischen als plurizentrischer Sprache mit den beiden Varietäten Portugals und Brasiliens, den Sprachvarietäten im lusophonen Afrika und in Asien sowie als in Deutschland, Österreich und der Schweiz unterrichteter Herkunfts- und Fremdsprache stellt Lehrende und Lernende vor komplexe Anforderungen. Die Beiträge dieses Bandes sind aus dem interdisziplinären Dialog von Forschenden sowie von Lehrenden aus den Bereichen Linguistik, Spracherwerbs-, Zweitsprachen- und Fremdsprachenforschung / Fachdidaktik entstanden. Sie vereinen lusophone Perspektiven verschiedener Kontinente und europäische Perspektiven auf das Portugiesische als Erst-, Zweit-, Herkunfts- und Fremdsprache. Die Autor:innen beleuchten dabei unterschiedlichste Lern- und Lehrkontexte, die einerseits die institutionelle Einbettung des Unterrichts, andererseits die unterschiedlichen Ausgangs- und Bezugssprachen, die Biografien, die Lernmotivation und die sprachlichen Kompetenzniveaus der Akteure widerspiegeln. A aquisição do português como língua pluricêntrica com as variedades de Portugal e do Brasil, as variedades linguísticas da África Lusófona e da Ásia, e como língua estrangeira e língua de herança ensinadas na Alemanha, Áustria e Suíça apresenta aos professores e aprendentes desafios complexos. As contribuições neste volume emergiram do diálogo interdisciplinar de investigadores e professores das áreas da linguística e da pesquisa em aquisição de línguas, língua segunda, línguas estrangeiras / didática. Combinam perspetivas lusófonas de diferentes continentes e perspetivas europeias sobre o português como língua primeira e segunda, língua de herança e língua estrangeira. Nesse quadro, os autores lançam luz sobre uma grande variedade de contextos de ensino-aprendizagem, refletindo, por um lado, a inserção institucional do ensino e, por outro, as diferentes línguas de partida e de referência, biografias, motivação e níveis de competência linguística dos atores.

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Heterogeneidade linguística e cultural no ensino bilingue na Escola Europeia Oficial de Berlim: Como é tratada a heterogeneidade no ensino da língua portuguesa como língua parceira e nas disciplinas ministradas em português?
Henrick Stahr A Escola Europeia Oficial de Berlim (“Staatliche Europa-Schule Berlin”, SESB) é um modelo de ensino bilingue único na Europa. Abrange, como modelo descentralizado, 33 escolas com cerca de 7200 alunas e alunos, em 9 combinações de alemão com uma outra língua parceira: espanhol, francês, grego moderno, inglês, italiano, polaco, português, russo e turco. A SESB possibilita uma formação bilingue integral do primeiro ano até ao Abitur, seguindo o modelo da imersão dual intensiva. O artigo trata da heterogeneidade como fator onipresente e determinante da praxe de ensino na SESB em vários aspetos: heterogeneidade na composição dos alunos, quanto a sua origem ou a origem dos pais; heterogeneidade das variedades linguísticas do português; heterogeneidade ao nível de aprendizagem, no domínio linguístico; heterogeneidade fixada ao nível curricular a respeito da separação entre português como “língua materna” e “língua parceira” e nas disciplinas não linguísticas ministradas em português (Sachfächer). Reflete-se a questão como as heterogeneidades confluem e são refletidas nos conteúdos, temas, mas também nos métodos de ensino e na integração de aspetos da formação linguística (Sprachbildung) nas aulas. O desafio na prática do ensino na SESB consiste na pluralidade de heterogeneidades em vários níveis. Contudo, falta ainda uma pesquisa sistemática para fornecer um fundamento mais sólido da didática de ensino da “língua parceira” como definida no modelo da SESB. A Escola Europeia Oficial de Berlim (“Staatliche Europa-Schule Berlin”, SESB) é um modelo de ensino bilingue único na Europa. Iniciou-se com três combinações de línguas em 1992, e hoje abrange, como modelo descentralizado, 33 escolas com cerca de 7200 alunas e alunos, em 9 combinações de línguas com o alemão, isto é inglês, francês, espanhol, italiano, polaco, russo, turco, grego moderno e – last, but not least – português com atualmente cerca de 300 alunas e alunos na Escola Primária “Neues Tor”, do 1.o ano de escolaridade até ao 6.o ano, e cerca de 190 alunos na Escola Secundária, “Kurt-Schwitters-Schule”, do 7.o ano até ao 13.o ano. O ensino na combinação português-alemão começou em 1998. Em 2011 os alunos daquele ano pioneiro fizeram seu Abitur. Desde então, a SESB portuguesa ganhou cada vez mais estabilidade e atratividade, não somente na comunidade lusófona, mas também entre pais de língua alemã. A SESB é projetada como “escola de encontro” (Begegnungsschule), possibilitando uma formação bilingue integral do primeiro ano até ao Abitur tanto para crianças monolingues na língua portuguesa ou bilingues em alemão e português, quanto para crianças monolingues alemãs. A SESB segue o modelo da imersão dual intensiva. As aulas são ministradas por professores de língua materna ou bilingues, metade da carga horária e das disciplinas em português, metade em alemão (Möller et al. 2017, 11-14). A oferta da SESB dirige-se ao mesmo tempo a pais alemães com uma orientação internacional (Möller et al. 2017, 311) e a migrantes interessados em garantir para seus filhos um alto grau de escolaridade na Alemanha, ao mesmo tempo preservando a herança linguística e cultural, e em fazê-los chegar ao nível padrão – em alemão: bildungsprachliches Niveau – e à literacia (Gogolin / Duarte 2018, Lengyel 2018, Gogolin 2018) em ambas as línguas (Möller et al. 2017, 306-307). A noção “heterogeneidade” é, no contexto do debate pedagógico, como explicam Paul Mecheril e Andrea Vorrink (Mecheril / Vorrink 2018), uma palavra que refere a uma multiplicidade de temas, questões e aspetos de caráter analítico e normativo. Sendo a noção vinculada a muitos discursos diferentes, uma definição estreita é impossível e inútil: Vielmehr kann die Vokabel Heterogenität vielgestaltig als eine fluide und flexible Chiffre vor verschiedenen gesellschaftstheoretischen, erziehungswissenschaftlichen und bildungspolitischen Hintergründen und Interessen für unterschiedliche Anliegen herangezogen, in verschiedenen Bedeutungskonstellationen beansprucht und im Horizont diverser Zielsetzungen und impliziter, zuweilen auch expliziter präskriptiver Ansätze verortet und eingebracht werden. (Mecheril / Vorrink 2018, 34). O aspeto mais debatido e mais pesquisado de heterogeneidade dentro de discursos científicos ligados ao sistema escolar e educativo é, sem dúvida, o das diferenças entre os níveis de sucesso escolar de alunos; o segundo é provavelmente o da pluralidade cultural. Heterogeneidade existe no dia-a-dia da SESB em várias formas: A heterogeneidade na composição dos alunos, quanto a sua origem ou a origem dos pais (portugueses, brasileiros, angolanos, moçambicanos, alemães e outros). A heterogeneidade das variedades linguísticas do português. A heterogeneidade social, influenciada pelo nível de formação, renda, nível de vida dos pais etc.– este aspeto muito importante não será tratado nesta intervenção. A heterogeneidade ao nível de aprendizagem, no domínio linguístico, nas competências adquiridas, definidas no plano curricular e expressas em notas – certamente o aspeto que mais interessa o/a professor/a na prática de ensino de cada dia. A heterogeneidade fixada ao nível curricular: No caso da SESB, significa a separação entre português como língua materna e língua parceira, a um lado, e, no caso das disciplinas não linguísticas ministradas em português (Sachfächer), refere-se à questão, como as heterogeneidades acima mencionadas confluem e são refletidas nos conteúdos, temas, mas também nos métodos de ensino e na integração de aspetos da formação linguística (Sprachbildung) nas aulas. No seguinte, tratarei alguns dos aspetos acima alistados. 1 Composição dos alunos
Entre as nove combinações de alemão com uma outra língua parceira, pode-se distinguir entre dois grupos de línguas: As “línguas globais” – inglês, francês, espanhol, e também, de medida mais fraca, português. Essas línguas são interessantes para pais com uma orientação internacional, sendo eles alemães ou de outras origens, e para pais das respetivas comunidades linguísticas residentes em Berlim e interessados em manter e preservar a sua herança linguística e cultural para os filhos. Entre eles há, obviamente, já muitas famílias bilingues que combinam os dois interesses: garantir as oportunidades de um certo “internacionalismo” e conservar as raízes culturais. O outro grupo de línguas (grego, italiano, polaco, russo, turco) que não são, em geral, atraentes para pais alemães e cuja oferta, portanto, se dirige quase exclusivamente aos membros das respetivas minorias linguísticas. As escolas SESB destas combinações linguísticas quase não são frequentadas por alunos monolingues alemães e, em grau muito menor do que no grupo primeiro, por filhos de casais biculturais. Reflete-se, nisto, também uma certa hierarquia no status cultural destas línguas, do ponto de vista da sociedade dominante. O Português pertence, ainda que em grau menor, às línguas globais atraentes também para pais alemães. Mas, na grande maioria, os alunos têm uma relação de origem familiar com um país de língua portuguesa, como mostra a composição das/os alunas/os. A composição dos alunos reflete todas as possibilidades de combinações biculturais, bilingues, até trilingues e mais, de relações entre os pais. A língua portuguesa como língua global, presente em quase todos os continentes, não é somente uma oferta aceita pela comunidade lusófona em Berlim, mas atrai também, como já dito, pais de língua alemã. Significa que crianças monolingues alemãs ou bilingues de pais alemães-portugueses (ou melhor: lusófonos), mas nascidas e crescidas em Berlim (a chamada “segunda geração”), estudam juntas com crianças de origem lusófona e de uma história de migração recente (a primeira geração). Portanto, as alunas e os alunos têm origens familiares portuguesas, brasileiras, angolanas, moçambicanas, mais raramente também cabo-verdianas ou guineenses. Atualmente, os números para as turmas nos anos de escolaridade 7 e 9 da “Kurt-Schwitters-Schule”, para tomar um exemplo, mostram essa diversidade de origens linguísticas: De um total de 79 alunas e alunos em quatro turmas, 17 têm a nacionalidade alemã, 17 a portuguesa, 22 a brasileira, 7 a angolana, 2 a moçambicana. Além disso, há outros alunos vindo de famílias binacionais portuguesas/alemãs, brasileiras/alemãs, angolanas/alemãs, moçambicanas/alemãs e uma moçambicana/portuguesa. E há também uma aluna cabo-verdiana e uma finlandesa. E isto só se refere aos passaportes, pois entre os alemães nacionalizados encontram-se várias famílias de origens diversas. A essa pluralidade de combinações de origens culturais e linguísticas correspondem certas influências culturais heterogéneas presentes na vida das...



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